TY - JOUR AU - Massano-Cardoso, Ilda Maria AU - Figueiredo, Sofia AU - Galhardo, Ana PY - 2022/03/04 Y2 - 2024/03/28 TI - Nomofobia na população portuguesa em contexto pandémico: estudo comparativo antes e durante a pandemia COVID-19 JF - Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social JA - Rev Port Inv Comp Soc VL - 8 IS - 1 SE - Artigo Original DO - 10.31211/rpics.2022.8.1.239 UR - https://revista.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/239 SP - 1–13 AB - <p><strong>Contexto e Objetivo: </strong>A nomofobia (no mobile phone) é definida como uma fobia da era digital que se traduz num medo excessivo de ficar impedido de usar o telemóvel. No contexto da pandemia COVID-19, observou-se a intensificação do uso das tecnologias de informação e comunicação. Este estudo pretendeu explorar a existência de diferenças nos níveis de nomofobia experienciados durante a pandemia, comparando-os com os evidenciados antes da pandemia. Adicionalmente, procurou-se analisar a relação entre a nomofobia e variáveis como a frequência do uso dos ecrãs na atividade profissional, o recurso ao gerenciador do telemóvel e em que medida a pandemia tornou o uso do ecrã uma prática recorrente. Hipotetiza-se que, em virtude da maioria das atividades ocorrer no domicílio (teletrabalho, aulas online), se observe uma diminuição global da nomofobia.<strong> Métodos:</strong> Estudo de desenho transversal. Participaram 288 indivíduos da população geral em situação de pandemia e 500 indivíduos de uma amostra recolhida previamente à pandemia. Todos os participantes preencheram <em>online</em> o <em>European Portuguese Version of the Nomophobia Questionnaire</em>.<strong> Resultados:</strong> Os níveis de nomofobia observados durante a pandemia foram mais reduzidos comparativamente aos do período pré-pandemia. Não se observaram diferenças estatisticamente significativas nos níveis de nomofobia em função do sexo, estado civil ou prática recorrente do uso do ecrã. A nomofobia não se mostrou associada à idade, uso dos ecrãs para efeitos profissionais ou recurso ao gerenciador do telemóvel.<strong> Conclusões</strong>: Em virtude da maioria das atividades ocorrerem em casa (teletrabalho, aulas <em>online</em>), os níveis de nomofobia observados em situação de pandemia foram mais reduzidos. Estes parecem estar relacionados com a diminuição global do medo de não poder comunicar através do telemóvel, perder conectividade, não poder aceder à informação e recear não ter sinal <em>Wi-Fi</em> ou ficar sem bateria.</p> ER -