TY - JOUR AU - Santos, Fabiana AU - Carreiras, Diogo AU - Lemos, Laura AU - Cunha, Marina PY - 2022/08/03 Y2 - 2024/03/29 TI - As emoções à flor da pele: estudo de validação da escala de reatividade emocional para a população portuguesa JF - Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social JA - Rev Port Inv Comp Soc VL - 8 IS - 2 SE - Artigo Original DO - 10.31211/rpics.2022.8.2.249 UR - https://revista.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/249 SP - 1–17 AB - <p><strong>Contexto</strong><strong>: </strong>A reatividade emocional está associada à apresentação de respostas afetivas intensas e prolongadas a vários estímulos, o que, por sua vez, está relacionado com mais probabilidade de experienciar sintomas psicopatológicos. <strong>Objetivo</strong>: Realizar a tradução e validação da <em>Emotion Reativity Scale</em> (Escala de Reatividade Emocional, ERE) para português, através do estudo das suas qualidades psicométricas, análise fatorial confirmatória, estabilidade temporal, validade convergente e divergente. <strong>Métodos</strong>: Participaram 402 adultos da população geral, 275 mulheres e 127 homens, com uma idade média de 40,01 anos (<em>DP</em> = 10,30). A amostra de conveniência foi recolhida <em>online</em> e os participantes preencheram questionários de autorresposta. <strong>Resultados</strong>: Os modelos do autor original da ERE foram testados e a versão com melhor ajustamento estatístico foi a unidimensional com sete itens (<em>RMSEA</em> = 0,08; <em>CFI</em> = 0,97; <em>TLI</em> = 0,95; <em>SRMR</em> = 0,03). O total da ERE apresentou correlações positivas com traços de personalidade <em>borderline</em>, sintomas depressivos, de ansiedade e de stress e correlações negativas com a qualidade de vida, o que sustentou a validade convergente e divergente da medida. Relativamente à consistência interna, a ERE de sete itens demonstrou um alfa de Cronbach de 0,91. A estabilidade temporal da medida foi comprovada pela correlação forte entre o primeiro e o segundo preenchimento da ERE quatro semanas depois. O género feminino obteve pontuações de reatividade emocional mais elevadas do que o masculino e não houve uma relação significativa entre a ERE e a idade. <strong>Conclusões</strong>: A versão portuguesa da ERE parece ser uma medida válida e fidedigna para a avaliação da reatividade emocional. Isto é relevante tanto a nível clínico como para a investigação, uma vez que esta medida permite identificar de forma precoce a predisposição dos indivíduos para sentirem as emoções de forma mais intensa, o que está associado a maior probabilidade de experienciar sintomas psicopatológicos.</p> ER -