TY - JOUR AU - Espirito-Santo, Helena AU - Garcia, Inês Queiroz AU - Monteiro, Bárbara AU - Carolino, Naír AU - Daniel, Fernanda PY - 2016/09/30 Y2 - 2024/03/28 TI - Avaliação breve do défice executivo em pessoas idosas com Acidente Vascular Cerebral: Validação da Bateria de Avaliação Frontal JF - Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social JA - Rev Port Inv Comp Soc VL - 2 IS - 2 SE - Artigo Original DO - 10.7342/ismt.rpics.2016.2.2.39 UR - https://revista.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/39 SP - 25–40 AB - <p><strong>Contexto e Objetivos</strong>: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) potencia o desenvolvimento de disfunção executiva, conduzindo a défice no desempenho das tarefas do quotidiano. A avaliação neuropsicológica das funções executivas é importante para desenvolver estratégias de reabilitação adequadas. Assim, são objetivos descrever os dados normativos, precisão de diagnóstico, propriedades psicométricas e análise fatorial da Bateria de Avaliação Frontal (FAB), instrumento breve e de rápida administração, numa amostra de idosos com AVC.&nbsp;<strong>Método</strong>: Inserida no projeto <em>Trajetórias do Envelhecimento de Idosos em Resposta Social, </em>esta investigação conta com uma amostra de 112 pessoas idosas com diagnóstico médico de AVC e 157 pessoas idosas de um subgrupo de controlo sem AVC. Os sujeitos apresentam idades compreendidas entre os 60 e os 100 anos (<em>M =</em> 78,20; <em>DP =</em> 7,57) sendo maioritariamente do sexo feminino (<em>n</em> = 194). A avaliação inclui entrevistas e testes neuropsicológicos agrupados em medidas de funcionamento executivo, medidas cognitivas de referência e medidas clínicas de controlo.&nbsp;<strong>Resultados</strong>: As variáveis idade e escolaridade interferiram nas pontuações obtidas na amostra clínica, não sendo verificado impacto da variável sexo. Para um ponto de corte de 7, a FAB teve uma sensibilidade de 83,4% e especificidade de 66,1 % (<em>AUC</em> = 0,64); revelou um alfa de Cronbach de 0,79 e correlações fortes com os testes executivos (teste de Stroop, Figura Complexa de Rey, fator Atencional-Executivo do <em>Montreal Cognitive Assessment</em> e Alternância nos testes de Fluência verbal). A análise fatorial confirmatória apontou uma estrutura com um fator.&nbsp;<strong>Conclusões</strong>: A FAB apresenta boa consistência interna, validade convergente e validade de constructo, aparentando ser uma escala útil para avaliar o défice executivo em pessoas idosas com AVC. Dadas algumas limitações do estudo, que poderão explicar a fraca precisão diagnóstica da FAB, são incentivadas investigações futuras pois a FAB revelou-se um instrumento com propriedades psicométricas promissoras.</p> ER -