Sistema de avaliação da mudança narrativa, estudos de validação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2015.1.1.15

Palavras-chave:

Avaliação, Narrativa, Mudança, Fidelidade e Validade do SAMN

Resumo

Objetivos: O Sistema de Avaliação da Mudança Narrativa (SAMN) caracteriza e avalia as narrativas e as suas mudanças na terapia em sete dimensões: singularidades (A), natureza da história (B) conotação narrativa (C), relato da história (D), reflexividade narrativa (E), temas da sessão (F) e comportamentos alternativos (G). Método: O SAMN foi aplicado em 83 sessões para testar a sua fidelidade e validade: 22 sessões em terapia familiar sistémica devido a abuso de substâncias (estudo 1); 15 sessões de terapia familiar e de casal devido a vários problemas (estudo 2) e 46 sessões de terapia familiar devido a negligência parental, com 18 famílias consideradas clientes involuntários. Resultados: A fidelidade estimada do SAMN (Kappa de Cohen) variou entre excelente e satisfatória. A validade do SAMN ficou estabelecida pela deteção e avaliação da narrativa em problemas distintos e modalidades de terapia sistémica (familiar e de casal). Conclusões: As singularidades, reflexividade narrativa e a mudança nos temas da sessão (para temas que não o problema) foram as dimensões que mais sofreram alterações na maioria dos casos de sucesso comparativamente com os insucessos.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Madalena Alarcão, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, Portugal

Associate Professor, Family therapist

Referências

Anderson, H., & Goolishian H. (1989). Human systems as linguistic systems: Preliminary and evolving ideas about the implications for clinical therapy. Family Process, 27(4), 371-393. [Google Scholar] [Crossref]

Arnold, D. S., O’Leary, S. G., Wolff, L. S., & Acker, M. M. (1993). The Parenting Scale: A measure of dysfunctional parenting in discipline situations. Psychological Assessment, 5(2), 137–144. [Google Scholar] [Crossref]

Avid, E., & Georgaca, E. (2007). Discourse analysis and psychotherapy: A critical review. European Journal of Psychotherapy and Counselling, 9(2), 157-176. [Google Scholar] [Crossref]

Boscolo, L., Cecchin, G, Hoffman, L., & Penn, P. (1987). Milan systemic family therapy: Conversations on theory and practice. New York: Basic Books. [Google Scholar]

Botella, L. (2001). Diálogo, relações e mudança: Uma aproximação discursiva à psicoterapia construtivista [Dialogue, relations and change: A discursive approach to constructivist psychotherapy]. In M. Gonçalves & O. Gonçalves (Eds.), Psicoterapia discurso e narrativa: A construção conversacional da mudança (pp. 91-123). Coimbra: Quarteto. [Google Scholar]

Elkaïm, M. (1985). From general laws to singularities. Family Process, 24(2), 151-164. [Google Scholar] [Crossref]

Elkaïm, M. (1990). Se você me ama, não me ame. Abordagem sistémica em psicoterapia conjugal [If you love me, dont love me. Systemic aproach in couple therapy]. São Paulo: Papirus Editora. [Google Scholar]

Friedlander, M., & Heatherington, L. (1998). Assessing clients’ constructions of their problems in family therapy discourse. Journal of Marital and Family Therapy, 24(3), 289-303. [Google Scholar] [Crossref]

Goncalves, M. M, Ribeiro, A. P., Stiles W. B., Conde, T., Matos, M., Martins, C., & Santos, A. (2011). The role of mutual in-feeding in maintaining problematic self narratives: Exploring one path to therapeutic poor outcome. Psychotherapy Research, 21(1), 27-40. [Google Scholar] [Crossref]

Goodman, R., Meltzer, H., & Bailey, V. (1998). The strengths and difficulties questionnaire: A pilot study on the validity of the self-report version. European Child e Adolescent Psychiatry, 7, 125-130. [Google Scholar] [Crossref]

Henggeler, S. W. (2002). Terapia multissistémica: Uma visão geral dos procedimentos clínicos, dos resultados, das pesquisas em curso e das implicações políticas. In A. C. Fonseca (Ed.), Comportamento anti-social e família: Uma abordagem científica [Anti-social behavior and family: Cientific aproach] (pp. 397-418). Coimbra: Almedina. [Google Scholar]

Josselson, R., & Lieblich, A (2001). Narrative research and humanism. In K. J. Schneider, J. E. T. Bugental, & J. F. Pierson (Eds.), The handbook of humanistic psychology: Leading edges in theory, research and practice (pp. 275-288). London: Sage. [Google Scholar]

Jerónimo, A. R., Sequeira, J., & Gaspar, M. F. (2010). A mudança narrativa em grupos de educação parental [Narrative change in group-based education]. International Journal of Developmental and Educational Psychology. INFAD, Revista de Psicologia, XXII 1, 371-379. [Google Scholar]

Keeney, B., & Sprenkle, D. (1982). Ecosystemic epistemology: critical implications for the aesthetics and pragmatics of family therapy. Family Process, 21, 1-19. [Google Scholar] [Crossref]

Moran, S. G., & Diamond, G. M. (2006). The modified cognitive constructions coding system: Reliability and validity assessments. Journal of Marital and Family Therapy, 32(4), 451-464. [Google Scholar] [Crossref]

Parry, A., & Doan, R. E. (1994). Story re-visions: Narrative therapy in the postmodern world. New York: Guilford Press. [Google Scholar]

Pestana, M. H., & Gageiro, J. N. (2008). Análise de dados para as ciênciais sociais: A complementaridade do SPSS [Data analysis for social sciencies: Complementarity of SPSS. Lisboa: Sílabo. [Google Scholar]

Sequeira, J. (2004). Caleidoscópio terapêutico. Mudança e co-construção em terapia familiar. [Therapeutic kaleidoscope. Change and co-construction in family therapy] (Unpublished master’s thesis dissertation). University of Coimbra, Coimbra, Portugal. [Google Scholar]

Sequeira, J., & Alarcão, M. (2009). A mudança nas terapias sistémicas. Transformação narrativa nas terapias familiares e de casal. [Change in systemic therapies. Narrative change in families and couples therapy]. International Journal of Developmental and Educational Psychology. INFAD, Revista de Psicologia, XXI, 1(4), 13-24. [Google Scholar]

Sequeira, J. (2012). Narrativa, mudança e processo terapêutico. Contributos para a clínica e para a investigação sistémicas. (Unpublished doctoral thesis dissertation). University of Coimbra, Coimbra, Portugal. [Google Scholar]

Sequeira, J., & Alarcão, M. (2013). Porquê não mudam as famílias? Narrativas de terapias familiares de insucesso. Temas em Psicologia, 21(1), 203- 219. [Google Scholar] [Crossref]

Sequeira, J., & Alarcão, M. (2014). Assessment System of Narrative Change. Journal of Systemic Therapies, 32(4), 33-51. [Google Scholar] [Crossref]

Sydow, K., Beher, S., Schweitze, J. S., & Retzlaff, R. (2010). The efficacy of systemic therapy with adult patients: A meta-content analysis of 38 randomized controlled trials. Family Process, 49(4), 457-484. [Google Scholar] [Crossref]

Sluzki, C. (1992). Transformations: A blueprint for narrative changes in therapy. Family Process, 31, 217-230. [Google Scholar] [Crossref]

Webster-Stratton, C., & Reid, M. J. (2010). The incredible years parents, teachers, and children training series: A multifaceted treatment approach for young children with conduct problems. In J. Weisz & A. Kazdin (Eds.), Evidence-based psychotherapies for children and adolescents (2nd ed., pp. 194-210). New York: Guilford Publications. [Google Scholar]

White, M., & Epston, D. (1990). Narrative means to therapeutic ends. New York: Norton. [Google Scholar]

Publicado

28-02-2015

Como Citar

Sequeira, J., & Alarcão, M. (2015). Sistema de avaliação da mudança narrativa, estudos de validação. Revista Portuguesa De Investigação Comportamental E Social, 1(1), 52–61. https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2015.1.1.15

Edição

Secção

Artigo Original